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Nome | Data | |
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Geral | 2008-10-14 |
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Maio de 2010 - Comunicado aos colegas colaboradores
Caros colegas colaboradores,
Terminado, em 2008, um ciclo de 10 anos da nossa actividade, comemorada em Lisboa, no Hotel Real Palácio em 10 de Outubro 2009, e de certo modo continuada a Norte na Pousada do Porto – Freixo Palace Hotel – pelo Natal (12/12/09), propomo-nos continuar novo ciclo (marcado agora infelizmente pela perda do nosso Sócio fundador Dr. José Correia, falecido em 16 de Março de 2009), com mais desafios, novos e antigos, que acrescem à já difícil tarefa da valoração do dano corporal (que alguns reclamam melhor seria chamado de pessoal) e que resultam de diversas circunstâncias, de todos conhecidas, com crescentes dificuldades nomeadamente a nível dos Tribunais por quem tem a responsabilidade de defender as Seguradoras nas suas propostas de Incapacidade.
Enquadram-se e contribuem para esta dificuldade, para além de uma cada vez mais vincada desconfiança preconceituosa sobre as Seguradoras por parte das outras entidades participantes, com critérios inadequados que se sobrepõem ao bom senso, equilíbrio e justeza de avaliação sequelar, nomeadamente os sustentados no poder económico das Seguradoras versus as dificuldades e fragilidades dos lesados, confundindo sequelas de acidentes com doenças, desemprego ou outras dificuldades que devem ser suportadas por outras entidades, como a Segurança Social/SNS, a entrada em vigor das novas Tabelas de Avaliação do Dano em Trabalho e Cível, o povoamento dos Tribunais, através do INML, com novos peritos em Avaliação do Dano, de diversas proveniências, rotulados como tal após Curso de Avaliação do Dano ministrado pelo INML em Coimbra e que, muitos deles apresentam manifesta falta de elasticidade ou capacidade para estabelecer consensos, preferindo escudar-se sistematicamente nas propostas singulares dos Gabinetes/Tribunais, como se esta actividade se fundamentasse em verdades absolutas com peritagens intocáveis (ou não fosse ela baseada em conhecimentos médicos…). A acrescentar a este panorama assinalamos ainda a interferência inadequada de alguns juízes (poucos felizmente) estimulando aqueles falsos argumentos.
Estas circunstâncias não só geram grandes disparidades na avaliação de casos semelhantes como, em muitos casos e locais, transformam a actividade dos colegas representantes das Seguradoras num mero pró-forma.
Continuamos assim a apelar à firmeza dos nossos colaboradores na defesa de critérios uniformes e sem cedências que constituam atentados à nossa dignidade de peritos qualquer que seja até o lado em que nos coloquemos.
Continuamos a assistir ao desenvolvimento de negócios entre Seguradoras que determinam ora ganhos ora perdas para a Gamel o que é natural em função de novos interesses e novas forças. No entanto, embora a concorrência seja livre, o que “não é tão natural” é que nossos colaboradores e amigos há anos interpelam as Seguradoras com quem temos contratos propondo alternativas que vimos a saber pelas próprias Seguradoras.
Assistimos também àquilo a que podemos rotular de “tabu” na atribuição de IPP 0% (CSD) aos sinistrados. Há peritos que tudo fazem para inventar uma IPP pois parece que têm como teoria de que a um acidente deve sempre corresponder uma IPP.
Também por outro lado, as Seguradoras têm legitimidade enquanto responsáveis e pagadoras de gastos com tratamentos, exames complementares, indemnizações por Incapacidades, etc. em pretenderem pagar o que for adequado e justo, já para não falarmos dos “falsos acidentes”, etc. e não podem ser consideradas as vilãs do processo.
Somos gratos a todos quantos connosco colaboram.
Cumprimentos
Direcção Gamel
Lisboa, Maio de 2010